A conversa do costume

SuperLiga

O Benfica voltou a ganhar com penas e trabalhos. Mas, como também tem sido apanágio das últimas partidas, ganhou com inteira justiça. E, mais uma vez, lá se ouviu o célebre "levados ao colo". Mais uma vez, não concordo. Está-se a tentar passar a ideia de que o Benfica será um campeão escolhido ou pré-determinado pela Liga. Fala-se num "desígnio nacional"; repete-se que "o que tem que ser tem muita força". E já todos sabemos que uma mentira repetida muitas vezes tem tendência a tornar-se verdade.

Na minha opinião, o penalty não assinalado sobre o Nuno Gomes é indiscutível (é inacreditável que o árbitro assistente, de frente para o lance, não tenha visto, ou não tenha tido coragem para ver); e o penalty assinalado não existe (e acho que o árbitro não teve força mental suficiente para resistir à tentação de compensar o erro inicial). E em relação ao penalty que o Belenenses reclama, deviam, isso sim, protestar com a falta de jeito do Lourenço.

Daqui facilmente se conclui que:
- a arbitragem foi péssima, com erros gravíssimos em 2 lances capitais;
- as contas finais do binómio beneficiado / prejudicado ficaram equilibradas, o que serve de ligeiríssima atenuante, mas indicia a habitual falta de cáracter dos nossos árbitros.

Parece que foi o último jogo de Mário Mendes. Desconheço a veracidade deste facto. Contudo, já me deparei com pérolas do género "como era o último jogo, deram-lhe a hipótese de mostrar o seu benfiquismo". Gostaria de relembrar que este árbitro é o mesmo que validou um golo do Nacional na Luz este ano, obtido na sequência de um livre indirecto, em que a bola entrou sem tocar em ninguém! Lembram-se? Pois é...

Em Aveiro, um penalty a favor do Porto foi transformado em cartão amarelo por simulação. Ora na semana seguinte nomeia-se o António Costa para apitar no Dragão. Resultado:
- o único golo da partida foi marcado em posição irregular claríssima;
- o golo que se diz ter sido mal anulado ao Porto foi mesmo bem anulado (querem um exemplo? num Real Madrid - Barcelona, o Rivaldo rematou de fora da área, a bola desviou ligeiramente no Helguera e o árbitro anulou, e bem, por fora-de-jogo, salvo erro do Kluivert, que estava efectivamente deslocado e que não se fez ao lance, mas junto a quem a bola passou);
- uma falta cometida fora da área foi transformada num penalty (que o Diego desperdiçou);
- o Briguel foi expulso, com 2º amarelo, por colocar a mão na bola, evitando que esta saísse pela linha lateral (relembro que o Amaral, que cometeu o penalty no Benfica - Belenenses, por mão na bola, dentro da área, nem o amarelo viu e também era o 2º).