sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Coragem

Taça UEFA

Para se alcançar algum sucesso no futebol é preciso coragem. E ser corajoso não é sinónimo de jogar desenfreadamente ao ataque.

Ponto prévio: não vi o Feyenoord - Sporting. Estava na Luz. Mas soube que o João Moutinho iria jogar no lugar do Custódio. Logo aí, até porque tinha visto a 1ª mão, convenci-me que o Sporting poderia passar, se o jogo decorresse sem imprevistos (expulsões ou um golo do Feyenoord logo a abrir). Rogério como substituto de Custódio nunca resultara (o jogo com o Marítimo foi apenas o último exemplo). Então o Peseiro lá arriscou no miúdo que nunca tinha jogado a titular nas competições europeias. O Sporting ganhou, passou e o Moutinho limitou-se a ser o melhor jogador em campo.

Quando o Trapattoni chegou ao Benfica muitos torceram o nariz a um treinador italiano da velha guarda, da escola do catenaccio. A selecção italiana tinha desiludido no Euro 2004, mostrando um futebol defensivo, apesar da presença de Totti, Del Piero, Cassano, Corradi, Di Vaio ou Vieri. Depois da derrota por 2-0 na Rússia, não se pedia ao italiano que Nuno Gomes, Karadas e Mantorras fossem todos titulares. Mas o que não podia acontecer era o Benfica jogar com um 4-2-3-1, com 4 atacantes pesos-plumas, frente ao 3-4-3 dos russos. Conclusão: na 1ª parte, o Benfica só criou perigo através de remates exteriores. Apenas por uma vez, num cabeceamento de Nuno Assis que Nuno Gomes não conseguiu desviar ao 2º poste, o Benfica foi capaz de criar perigo na área. Dos Santos deveria ter jogado no lugar de Fyssas; João Pereira talvez pudesse ter jogado sozinho pela direita; Karadas tinha que ser titular.

P.S.: o Benfica de Camacho (do qual nunca fui apoiante absoluto), com Sokota e Nuno Gomes na frente, e já agora com Fernando Aguiar a titular na Rússia, teria eliminado os russos sem dificuldade.

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