segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Será preciso recorrer ao photo-finish?

SuperLiga

É bom que nos comecemos a preparar para um final de campeonato dramático, a ser decidido pelo confronto directo ou pelo goal-average. No basquetebol costuma-se dizer "de empate em empate até ao empate final". Só que aqui não há prolongamentos. Portanto, ou isto se resolve com um "lançamento em cima do apito final" ou então muitas lágrimas vão ser derramadas.

Eu vaticinei um Braga - Benfica com golos. Enganei-me redondamente. Só que, por muito paradoxal que esta afirmação pareça, o jogo foi precisamente aquilo que eu esperava. Duas equipas de contra-ataque, um jogo equilibrado, com muita luta, mas também com predicados técnicos.

O que me surpreendeu foi o acerto táctico das equipas. Não esperava que o Paulo Jorge substituísse tão bem o Nem; estava à espera que o Benfica explorasse mais o Pedro Costa (mas também com o Geovanni como adversário directo...); julgava que o Wender ia fazer gato-sapato do João Pereira; e esperava que o cansaço do Petit e o posicionamento do Jaime ao centro (ele que era o "falso" extremo-direito) permitissem uma superioridade do meio-campo do Braga e consequentes aproximações perigosas do Vandinho e do João Alves à baliza do Quim.

Como não se marcaram golos, o jogo só abriu na parte final, quando a lucidez deu lugar ao cansaço. Nesta fase, o Braga esteve mais próximo do golo, mas o empate parece-me justo.

O Porto voltou a não ganhar em casa. Já é normal. E este é o grande perigo. Desaparecendo a dinâmica de vitória, os adversários perdem o respeito e começam a acreditar que podem conquistar pontos, ainda antes do jogo começar. No fim da partida já há menos assobios, os adeptos estão resignados.

O Sporting trucidou o Rio Ave. Cada vez me convenço mais que este campeonato está louco. O Sporting levava dois jogos sem vencer, foi goleado na Madeira na última jornada, logo quereria reverter a situação. Até aqui tudo bem. O Rio Ave era das equipas com menos derrotas na SuperLiga e ainda não tinha perdido com os grandes. Se a saída do Ricardo Nascimento poderia justificar a pouca profundidade ofensiva, por certo não se iria notar muito na defesa. Então, o que levou a este 5-0? Boa pergunta!

P.S.: Atenção ao Boavista. Com pezinhos de lã e muito a custo, eles continuam ali na luta e vão lá ficar até ao fim. E recebem os grandes e o Braga na 2ª volta. E descontando o Trap, o Pacheco é o único que sabe o que é ser campeão. E não há o desgaste de jogar na Europa.

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