terça-feira, setembro 28, 2004

Regresso às vitórias

Superliga

O Porto lá ganhou um jogo. Já não ganhavam desde o jogo com o Benfica para a Supertaça, no dia 20 de Agosto. Perderam com o Valencia e empataram 4 jogos, incluindo o do CSKA de Moscovo.

Era apenas uma questão de tempo até começarem a ganhar. O Porto tem claramente, e de longe, o melhor plantel de Portugal. Precisa de tempo para construir uma equipa, como o Mourinho precisou quando lá chegou para substituir o Octávio Machado. Chegou a perder em casa com o Beira-Mar. A grande diferença é que o Mourinho entrou a meio de uma época já dada como perdida e pôde preparar tranquilamente a seguinte. O Fernández chegou uma semana antes do primeiro jogo oficial (no qual se decidia um título), ao clube que é só o campeão europeu em título e que tinha acabado de passar por uma "experiência" (ou será melhor dizer "treinador à experiência") traumática. Mas atenção, que fique bem claro que o Porto não vai fazer aquilo que fez no ano passado. Provavelmente vai dar para ganharem o campeonato outra vez, mas dificilmente passarão os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Com sorte, talvez cheguem aos quartos.

Só mais uma nota. O Nuno Valente tem estado lesionado e tem jogado o Areias. Com o Guimarães já jogou o Ricardo Costa adaptado a lateral. Lá conseguiram perceber que o Areias está ao nível de um Cristiano, por exemplo. Não dispensaram o Rossato? Então agora aguentem-se...

Lá está o SLB a esbanjar pontos em casa

Superliga

O Benfica, líder do campeonato, perdeu os primeiros pontos. Nada que não se estivesse à espera. A equipa continua a jogar mal, só que desta vez não teve a sorte que teve noutros jogos, em que marcou sempre primeiro, ou de bola parada (na sequência de um canto com o Beira-Mar ou de livre directo com o Moreirense) ou através de um lance fortuito (com a Académica, a bola ficou nos pés do Simão depois de um ressalto).

A substituição do Nuno Gomes pelo Karadas foi muito mal feita. O problema não é a saída do Nuno Gomes, que jogou muito pouco. Nem a entrada do Karadas, que até devia ter sido titular. A melhor opção, tendo em conta a forma dos jogadores, teria sido o Zahovic e o Karadas de início. E depois então entravam o Nuno Gomes e o Sokota, se fosse necessário. Assim, o Benfica ficou partido, sem ligação entre o meio-campo e o ataque.

O Karadas e o Sokota juntos não funciona. Sobretudo com o Sokota no estado de forma deplorável em que está.

sexta-feira, setembro 24, 2004

Delírio na Catalunha

Liga Espanhola

O Barcelona atravessa um momento de forma assinalável. Tive oportunidade de ver o jogo com o Saragoça ontem e constatei isso mesmo.

Na época passada, o Barça era só Ronaldinho. Supostamente, este ano seria Ronaldinho mais Deco, Giuly e Eto'o (já que Larsson tem estatuto de suplente por enquanto). Contudo, não é isto que se passa. O Barcelona já mostra ser uma equipa, algo mais que um conjunto de individualidades.

E tendo em conta este facto, destaco quatro nomes: Belletti, van Bronckhorst, Edmilson e Xavi.

Os laterais são peça fundamental neste Barcelona de Rijkaard. Como Giuly e Eto'o são extremos falsos, que recorrem muitas vezes a diagonais para o centro, cabe aos laterais preencherem os flancos em situação de ataque. Belletti e van Bronckhorst têm atacado muito neste início de época. O brasileiro destaca-se pelos seus cruzamentos e o holandês pela potência e colocação de remate, tendo já marcado 2 golos.

Porém, para que os laterais ataquem constantemente, alguém tem que fazer a cobertura defensiva. Este papel está entregue a Edmilson, brasileiro ex-Lyon, campeão mundial, que também pode jogar a defesa-central. Jogador alto e forte, Edmilson dá músculo ao meio-campo, recuperando inúmeras bolas, com a preocupação de entregar sempre jogável a Xavi, Deco ou a um dos laterais. É importante nas bolas paradas, para compensar o défice de estatura da maior parte dos colegas.

Finalmente Xavi. Excelente organizador de jogo, com boa técnica de passe a curta e longa distância. Também sabe rematar de longe, conforme provou no jogo com o Saragoça. Mostra que pode vir a ser o digno sucessor de Guardiola, quando cimentar o seu estatuto, algo que só se adquire com vitórias e títulos.

Na minha opinião, o campeão Valencia, que se reforçou muito bem, é o principal favorito à conquista do título. Porém, o Barcelona pode discuti-lo até ao fim, se conseguir aliar consistência defensiva à fantasia que os seus craques possuem. Em Camp Nou já há muito tempo que os adeptos não estavam tão eufóricos com a equipa de futebol. O Real Madrid será uma espécie de joker, que pode aproveitar os deslizes dos seus rivais.

quarta-feira, setembro 22, 2004

Galácticos sem brilho

Nunca fui muito à bola com o Camacho. Reconheço-lhe mérito pelo que fez no Benfica. Sempre achei que as suas melhores qualidades eram a capacidade organizativa (dotou o Benfica de uma estrutura moderna) e a capacidade de blindar o balneário a influências exteriores.

Voltou ao clube do coração, para abandonar, por iniciativa própria, ao fim de 3 jogos da Liga e um na Champions, alegando falta de capacidade para gerir o balneário. Ou seja, falhou onde eu lhe reconhecia maior competência.

Del Bosque foi campeão europeu. Acabou escorraçado.

Carlos Queiroz foi uma aposta completamente falhada. Pelo menos, foi a conclusão generalizada aquando da sua saída. A mim cabe-me relembrar que, com um plantel pior e mais desequilibrado que o deste ano, o Real de Queiroz só fraquejou a partir de Março.

Para acabar, uma pergunta com duas hipóteses de resposta: porque saiu Camacho?
Hipótese A - será que achou mesmo que era o principal culpado pelos resultados (e exibições) do seu clube de coração;
Hipótese B - ou será que abandonou o barco, se acobardou, para não ver o seu prestígio arrasado (como o dos seus antecessores) no final da época, porque anteviu novo (e último, na minha opinião) fracasso de uma equipa envelhecida, pouco ambiciosa, cujos principais jogadores recebem quase tanto por contratos publicitários e direitos de imagem como para jogar à bola.

Eu vou mais para a última hipótese.

Mau comportamento

Liga dos Campeões. 1 ª Jornada

A Roma recebeu o Dinamo Kiev num dos jogos que marcou o início da Champions League desta época. O Dinamo ganhou vantagem através de Gavrancic (livre directo espectacular) e já nos descontos da 1ª parte, Philippe Mexes agrediu um dos ucranianos e foi expulso.
O público italiano revoltou-se e, na saída para o intervalo, arremessou objectos para o relvado, acertando um deles na cabeça do árbitro Anders Frisk.

Frisk ficou a sangrar abundantemente e o jogo foi interrompido. Agora, uma semana depois, a UEFA decidiu que a Roma perde o jogo por 3-0 e vai ter de disputar os restantes jogos caseiros da 1ª fase à porta fechada.

A decisão é absolutamente justa. Penaliza a Roma, mas não é levada ao extremo de expulsar a equipa da Champions, como chegou a ser aventado.

Será possível que os adeptos não se apercebem que apenas estão a prejudicar a sua equipa?
- Carimbaram a perda de 3 pontos;
- Impediram a realização do encaixe financeiro referente à venda de bilhetes para os jogos com o Leverkusen e o Real Madrid (e atenção porque nos últimos anos, em todos os defesos, se ouve falar que a Roma não vai participar na Serie A devido a problemas financeiros)

A violência nos estádios continua a crescer. Vá lá que nos safámos no Euro.



terça-feira, setembro 21, 2004

F.C.Porto - Estoril

No sábado passado assistiu-se a um extraordinário jogo de futebol entre o campeão português e europeu e o Estoril.
O Estoril começou da melhor maneira possível ao marcar um golo bastante cedo por N´doye, em que aproveitou um erro do grego Seitaridis.
O F.C. Porto respondeu logo a seguir através de Luis Fabiano " o Fabuloso".
Mas antes do término da 1ª parte o Estoril teve direito a um livre aparente inofensivo a mais de 30 metros da baliza de Vitor Baía, sendo que Pinheiro com um potente remate não deu chances ao guarda redes portista batendo-o pela 2 ª vez no jogo.
Na 2ª parte o F.C.P. teve direito a um penalty mas Derlei não o conseguiu concretizar porque o guarda-redes estorilista Jorge Baptista defendeu a bola.
Passado uns minutos e mais umas grandes defesas de Jorge Baptista, Pepe conseguiu marcar o 2º golo da equipa portista através de uma falha de marcação dos defesas estorilistas.
Até ao final do jogo só deu Porto sendo que Jorge Baptista conseguiu travar todas as investidas azuis e brancas fazendo defesas praticamente impossíveis.
No final do jogo registou-se um empate a 2 bolas, sendo um magnifico resultado para o Estoril e para o Porto um empate com sabor a derrota.

NAGP

R.I.P. Brian Clough

O futebol inglês chora o desaparecimento de um ídolo.

Brian Clough foi uma figura que marcou gerações em Inglaterra. Foi um avançado prolífico que marcou 267 golos em cerca de 296 jogos, ao serviço do Middlesbrough e do Sunderland. Acabou a carreira aos 27 anos, em 1962, devido a lesão. Contudo, não é por isto que é lembrado por muitos amantes do futebol.

Tornou-se treinador em 1965. Em 1969, foi contratado pelo Derby County. Em 1972 ganhou a 2ª Divisão e 3 anos depois ganhou o título principal. Já é um feito bastante assinalável, ao alcance de poucos. Mas também ainda não é isto que o torna imortal.

Em Janeiro de 1975 entrou no Nottingham Forest e deu a volta ao clube. Ganhou a promoção à 1ª Liga em 1976-1977 e no ano seguinte ganhou o campeonato e a Taça da Liga. No Verão contratou Trevor Francis, a aquisição mais cara na Grã-Bretanha naqueles dias. No final de 1978-1979 festejou outra Taça da Liga e... a Taça dos Clubes Campeões Europeus (actual Liga dos Campeões). E a seguir repetiu a proeza, vencendo novamente o troféu máximo do futebol europeu de clubes em 1980. Bicampeão Europeu (assim como o Benfica).

A derrota com o Tottenham na final da Taça de Inglaterra (único troféu inglês que Clough nunca ganhou) em 1991 marcou o início do fim do seu reinado no Forest. Retirou-se em 1993 após a despromoção do Forest à 2ª Divisão.

Brian Clough sempre foi famoso pelo seu carácter excêntrico e pelas suas afirmações geniais:

"Se Deus quisesse que jogássemos futebol nas nuvens, Ele teria colocado relva lá em cima"

"Os jogadores viram melhor as bolas dele do que aquela com que era suposto estarem a jogar" (sobre um streaker que atacou durante uma partida entre o Nottingham Forest e o Manchester United)

"Tenho a certeza que os responsáveis da Federação pensaram que se me dessem o lugar, seria eu a mandar em tudo. Tinham razão, pois seria precisamente isso que eu teria feito" (acerca do cargo de Seleccionador inglês, que nunca foi seu, facto que constituiu a maior tristeza da sua vida)

"Eu não diria que eu era o melhor treinador do ramo, mas estava no Top 1"

"Por mais cavalos, títulos de cavaleiro e campeonatos que tenha, ele não tem 2 daquilo que eu tenho. E não me estou a referir a "bolas"" (referindo-se a Alex Ferguson e aludindo aos títulos europeus)

"Só lhe bati uma vez. Ele levantou-se, por isso não lhe devo ter batido assim com tanta força" (acerca de Roy Keane, descoberto e lançado para a ribalta por Clough)

Descansa em paz, Brian Clough

P.S.: Aquele record dos 40 e tal jogos sem perder na Premier League que o Arsenal bateu recentemente pertencia a este senhor e ao seu Nottingham Forest

Fonte: BBC Sport

Man Utd 2 - 1 Liverpool

Premier League. 6ª jornada. 20/9/2004

Não vi o jogo. Limitei-me a ouvir o relato pois, compreensivelmente, a SportTV transmitiu o Sporting - Marítimo.

Man Utd
(Carroll; Brown, Ferdinand, Silvestre e Heinze; Ronaldo, O'Shea, Keane e Giggs; Scholes; Van Nistelrooy)

O Tim Howard foi para a bancada. Acho bem, porque nos últimos jogos não se portou à altura. O fantasma do Schmeichel ainda não foi definitivamente afastado.

Finalmente o Rio Ferdinand voltou à acção. Já não era sem tempo. Talvez agora aquela defesa ganhe estabilidade. O Gary Neville continua lesionado.

O Alan Smith ficou pela 1ª vez no banco de suplentes na Premier League. Compreende-se, pois jogando só com um ponta-de-lança, é natural que seja o Ruud van Nistelrooy. O Wayne Rooney continua lesionado.

Alguém me explica como é que é possível o John O'Shea jogar a médio-centro? Apesar de não haver um comentador que não o critique, eu até gosto dele como defesa-esquerdo (grande época em 2002-03), mas há limites para tudo. Já contra o Chelsea, logo na 1ª jornada, ele tinha jogado nessa posição. Aí ainda foi pior, porque o Roy Keane jogou a central. É abnegado, mas não tem talento para atacar sistematicamente. Ontem até conseguiu fazer um autogolo.

Os 2 golos do Man Utd foram marcados pelo Mickael Silvestre. Bem feita para mim. Passo a vida a dizer mal dele. Agora toma!

Liverpool
(Dudek; Josemi, Carragher, Hyypia e Riise; Finnan, Xabi Alonso, Gerrard e Kewell; Luis Garcia e Cissé)

Equipa titular cheia de cautelas defensivas. Entraram a medo no Old Trafford. Provavelmente julgaram que iam jogar contra o Arsenal.

Vou dar uma sugestão. Tirem o Josemi (quem?!), recuem o Finnan para lateral-direito, ponham o Luis Garcia a extremo (à esquerda ou à direita conforme ele e o Kewell se dessem melhor, já que são os dois canhotos) e deixem jogar o Milan Baros, que foi só o melhor marcador do Europeu e que é o jogador que melhor pode substituir o Michael Owen. Se calhar era muito ousado jogarem assim em Old Trafford. Se calhar. Mas se calhar não perdiam o jogo e se calhar não tinham sido massacrados na 1ª parte.

O Gerrard saiu lesionado antes do fim da 1ª parte. Baixa de vulto. A bem do futebol, espero que a paragem seja curta.


1º comentário sobre a Velha Albion

Premier League

Como qualquer fã de futebol que se preze, tenho uma equipa da minha preferência em cada um dos principais campeonatos europeus. Mas há um caso especial. Em Inglaterra, sinto o meu clube quase como se fosse o meu clube português. Pois bem, sou adepto fervoroso do Manchester United. É o meu 2º clube. Quando posso, vejo os jogos. Quando não posso (maldita SportTV), ouço o relato online.

Desde já, apraz-me dizer que não gosto de Sir Alex Ferguson. Tal como não gostava do Camacho. Acho que o Ferguson toma decisões questionáveis, para não dizer estapafúrdias. Agora deu-lhe para pôr o O'Shea a jogar a médio-centro. Não é preciso dizer mais nada.


"Uno dos mejores equipos de la Liga"

Superliga

O Víctor Fernández saiu-se com esta na conferência de imprensa antes do jogo com o Estoril: "o Estoril é uma das melhores equipas da Superliga". Bom, ele lá sabe. Mas, para mal dos meus pecados e apelando a toda a minha imparcialidade, o Porto continua a ser o grande favorito ao título.

Uma palavra para o Estoril. Se a Fortuna continuar com eles, talvez consigam evitar o destino que lhes prevejo: na próxima época vão lutar pelo título. Da 2ª Liga.

Será do sistema?

Superliga

Estamos na 3ª jornada e, surpreendentemente ou talvez não, o Sporting leva 2 derrotas e apenas 3 pontos. E para a semana vai a Vila do Conde. E o Liedson não joga. Lembram-se como foi no ano passado? Cheira-me que o Peseiro não chega ao Natal...

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